Apicultura

 

Biologia

 

Classificação zoológica

Reino: Animalia
Classe:
Insecta
Ordem:
Himenóptera
Sub-ordem:
Apócrita
Família:
Apidae
Sub-família:
Apinae
Super-família:
Apoidea
Tribo:
Apini
Gênero:
Apis
Espécie: Mellifera

A Colméia

Uma colônia é constituída por cerca de 60.000 a 80.000 operárias, 1 rainha e de 0 a 400 zangões. As abelhas operárias tem origem num ovo feminino fecundado igual ao da rainha, a diferença ocorre com relação a alimentação e o berço, no caso da operária a larva só recebe geléia real até o terceiro dia de vida. Elas realizam todo trabalho na colméia, obedecendo uma divisão de trabalho regulada pela idade. Durante o segundo e terceiro dia de vida as operárias se dedicam a limpeza dos alvéolos; a partir do quarto dia desempenham a sua mais importante tarefa: a de preparar e cuidar da alimentação das larvas, recebendo o nome de abelhas nutrizes. Do décimo quarto ao décimo oitavo dia, se dedicam a produção de cera e à construção dos favos, são também as que determinam a saída do enxame e abandono de moradia; do décimo nono ao vigésimo dia ficam de sentinelas no alvado, com finalidade de defender a colméia de qualquer invasor. A partir do vigésimo primeiro dia até a morte, por volta do quadragésimo segundo dia, as abelhas iniciam os trabalhos fora da colméia, coletando néctar, pólen, resinas e água, e recebem o nome de abelhas campeiras.

Os zangões nascem de ovulos não fecundados, e são bem maiores que as operárias. Não possuem orgão de defesa e nem apêndices de trabalho, por isso suas atividades de restringem unicamente a comer e ficar esperando pelo vôo de fecundação de uma rainha virgem.Possuem orgãos sensoriais extremamente desenvolvidos e podem sentir a presença de uma rainha virgem numa distância de até 16 km. Tem liberdade para circular pelas colméias do apiário, entretanto quando falta alimento, são expulsos e ficam no alvado até morrer de frio. Quando conseguem fecundar uma rainha, morrem com a prolotação dos seus orgãos sexuais.

A rainha é a única abelha cujos orgãos estão completamente desenvolvidos, isso porque ela é criada numa celula especial, a realeira, e ao contrario das operárias recebem geléia real durante toda vida larvária e adulta. No vôo nupcial chega a copular com 10 a 20 zangões e uma vez iniciada a postura pode colocar mais 3.000 ovos por dia. É responsavel pela união da familia, através da emissão constante de um feromônio, produzido pela glândula de Thanassof.

Raças de abelhas existentes no mundo:

Região do Mediterrâneo Central e Sul Europeu:

Apis Ligústica
Apis Carnica
Apis Macedônia
Apis Sicula
Apis Cecropia

Região do Mediterrâneo e Norte Europeu:

Apis Mellífera
Apis Ibérica
Apis Sachariensis
Apis Intermissa

Região Meio Oeste Europeu:

Apis Meda
Apis Adami
Apis Cypria
Apis Caucássica
Apis Armênica
Apis Anatolia

Região da África:

Apis Intermissa
Apis Major
Apis Adansonii
Apis Unicolor
Apis Capensis
Apis Monticola
Apis Scutelata
Apis Yementica
Apis Litorea

Região da Ásia:

Apis Koschevnikovi
Apis Nuluensis
Apis Nigrocincta
Apis Dorsata
Apis Laboriosa
Apis Florea
Apis Anderniformis

Subespécies da Apis cerana:

Apis Cerana
Apis Indica
Apis Japônica
Apis Himalaya

Não existem abelhas do Gênero Apis nativas do continente americano, entre as raças citadas, as mais comuns e exploradas são:

Apis mellífera mellífera

Tem sua origem no Norte e Oeste dos Alpes Europeus e na rússia Central, são conhecidas popularmente como abelhas do Reino, da Europa ou abelha preta. Antes da introdução das abelhas africanas era a raça predominante no Brasil, são grandes com abdomem largo, coloração preta e peludas. Quando puras, são mansas, pouco enxameadeiras e resistentes ao inverno, o cruzamento com italianas produz hibridos agressivos porém bastante produtivos.

Apis mellífera ligustica

Conhecida como abelha italiana é a raça mais criada no mundo. É do mesmo tamanho que a abelha preta e possui o corpo coberto de pelos amarelos compridos, mais acentuados nos três primeiros anéis abdominais. No zangão, a coloração é mais pronunciada e uniforme em todo o corpo. São bastante mansas e pouco enxameadeirase a rainha é de facil localização, o que facilita o manejo por parte o apicultor. Produzem operculos de cor clara e se reproduzem bem , entretanto são pilhadoras na epoca da florada.

Apis mellifera adansonni

É originária do continente africano. São de porte pequeno e constroem células menores, os zangões são amarelados assim como as operárias. São agressivas, enxameadeiras e migratórias, entretanto são propolizadoras, produtivas nas linhagens selecionadas, madrugadeiras e trabalham até mais tarde. Foi introduzida no Brasil na região de Rio Claro-SP em 1956 para fins cientificos e acabou escapando, e no cruzamento com as raças européias aqui existentes, produziu um híbrido que passou a ser chamado de abelha africanizada. Bastante produtivo e ao mesmo tempo muito agressivo, se alastrou rapidamente por todo o continente, sem meios de extermina-los os apicultores se uniram associações com o objetivo de controla-lo e utiliza-lo como excelente produtor de mel. Assim com o desenvolvimento de novas tecnicas e a utilização de medidas de segurança, foi possivel obter um boa produção de mel e houve um desenvolvimento acentudado na apicultura em nosso País.

Apis mellifera carníca

É originária dos Alpes Austríacos e da Iugoslávia. Possuem anéis cinzas e são populares no Sul do Brasil, nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Estão quase extintas no Brasil, dominadas pelas africanizadas.

Apis mellifera caucásica

É originária da região central da Rússia. Possuem anéis cinzas acentuados, são pouco enxameadeiras e boas propolizadoras. Não são muito difundidas no Brasil.

Mel

 

 

O mel é produzido a partir do néctar das flores e de secreções de partes vivas de determinadas plantas ou ainda de excreções de insetos sugadores de plantas, que as abelhas melíferas coletam , transformam, combinam e deixam maturar nos favos das colméias. O sabor a cor e o aroma variam de acordo com sua origem botânica, clima, solo, umidade, altitude e até mesmo a mnipulação pelo apicultor podem alterar as caracteristicas do mel.

O mel para as abelhas

O mel é o alimento basico das abelhas e matéria-prima para a produção da cera e geléia real

O mel para o homem

O mel é utilizado como adoçante pelo homem desde a antiguidade, existem hieroglifos egipcios que já relatam as propriedades do mel. Rico em componentes nutritivos e terapêuticos, possui dois açúcares: glicose e frutose; além de importantes sais minerais que são absorvidos no sangue sem que seja necessária a digestão, fornecendo energia rapidamente.       

Os efeitos do mel no organismo humano são os seguintes:

  • Imunológico
  • Antibacteriano
  • Antiinflamatório
  • Analgésico de sedativo
  • Expectorante
  • Hipersensibilizador

Tipos de mel

mel monofloral: quando o mel é produzido a partir do néctar de uma única espécie floral, por exemplo o mel de angico, de eucaliptos, etc.

mel polifloral: quando o mel é produzido de néctar coletado de diversas flores de origens florais diferentes.

Para que o nome da planta apícola possa ser citado no rotulo é necessário que tenha no mínimo 80% de dominância e seja colhido igualmente de uma região com predominância floral na área de visitação das ablhas do apiário.

 

Composição Quimica do mel

 Nutrientes

 média em 100g de mel:

 Água

            17,1 g

 Carboidratos (totais)

            82,4 g

 Frutose

            38,5 g

 Glucose

            31,0 g

 Maltose

             7,2 g

 Sacarose

             1,5 g

 Proteínas, Aminoácidos, Vitaminas de Minerais

             0,5 g

 Energia

           304 Kcal

 Vitaminas

 Média em 100 g de mel

 Tiaminas

            0,006 mg

 Riboflavina

          0,06 mg

 Niacina

          0,36 mg

 Ácido Pantatênico

          0,11 mg

 Piridoxina (B6)

          0,32 mg

 Ácido Ascórbico

        2,2-2,4 mg

Umidade no mel

A presença de umidade no mel é normal, no entanto na presença de ar e umidade excessiva o mel pode fermentar. A umidade ideal é de 16,8 a 17%, o que permite o armazenamento por vários meses; acima de 21% o mel fica sujeito à fermentação em curto espaço de tempo, perdendo muito de seu valor comercial.

Cristalização do mel

A cristalização ocorre pela separação da glicose que é menos solúvel na água do que a frutose e depende dos seguintes fatores:

  • Origem botânica
  • Temperatura ambiente
  • Teor de umidade no mel
  • O pseudo mel não cristaliza

O mel pode ser descristalizado mediante aquecimento controlado (45 a 50ºC) em banho maria ou sem contato direto com o fogo.

 

 

Cera

Histórico

A cera é utilizada desde a pré-história; povos primitivos utilizavam-na na mumificação de cadáveres; na mitologia grega as asas de Ícaro, que permitiram sua saida de Atenas eram fixadas a seu corpo com cera. Os romanos eram conhecidos por fabricar frutas de cera que eram impossiveis de ser diferenciadas das originais, utilizavam-na também para modelar o perfil humano. Na Europa estatuas de cera eram utilizadas para provocar malefícios .

Na idade média, tabletes de madeira cobertos com cera eram utilizados para correspondência e inscrições provisórias, para escrever utilizava-se um instrumento de metal afiado de um lado e largo e achatado do outro, que servia para apagar. Na Igreja pode simbolizar a carne de Cristo, e durante as cerimônias religiosas eram utilizadas vela fabricadas de cera; o pavio simboliza a alma de Cristo, e a chama a divindade. Tanto o mel quanto a cera são considerados alimentos sagrados.

Era utilizada também na medicina, entrando na composição de pomadas, unguentos e emplastos. Mascar cera estimula a salivação, facilitando a digestão pois estimula as atividades secretórias e motrizes do estômago, ao mesmo tempo que elimina o tártaro dos dentes e fortifica a gengiva.

Importância para as abelhas

A cera é espelida em estado líquido a 36 graus, pelos quatro pares de glândulas abdominais, e solidifica-se em contato com o ar sob a forma de lâminas finas e transparentes. Essas lâminas são recolhidas pelas patas dianteiras, e após sofrer um processo de mastigação e adição de saliva, são moldadas na construção dos favos. Para isso as abelhas enchem seu estômago de mel e um pouco de pólen e se posicionam em forma de cacho, o calor gerado pelo metabolismo do mel eleva a temperatura ambiente e a cera se torna maleável podendo assim ser mais facilmente amassada pelas mandíbulas das abelhas, que horas mais tarde começam a segregar a cera. Se o apicultor alimentar as abelhas com um xarope rico em carboidratos ele também conseguirá a produção de cera. Segundo alguns pesquisadores para produzir um quilo de cera, as abelhas utilizam entre 6 a 7 quilos de mel.

Quando as abelhas enxameiam elas viajam com o estômago cheio de mel, com o objetivo de construir seus novos lares num oco de árvore ou qualquer lugar que sirva de abrigo. Quando isso acontece é mais facil observar as lâminas de cera se soltando do abdômen das abelhas.

Composição química

Segundo o grande médico russo, Dr. Iorish, entram na composição da cera 15 produtos químicos que são:

  • 74,4% a 74,7% de estéres complexos, monoatômicos (mirício, cerílico e melínico) e ácidos graxos;
  • 13,5% a 15% de ácidos livre (cerótico, merílico ácidos da série oleínica e outros);
  • 12,5% a 15,5% de hidratos de carbono saturados, pentose, heptose, monose, e outros.

Pesquisas modernas indicaram a presença da vitamina A em quantidades superiores a encontrada na carne bovina. Alguns pesquisadores acreditam que a cera contém também antibióticos.

Importância para o homem

Na apicultura a cera é utilizada na fabricação de cera moldada, que facilita e diminui o trabalho das abelhas, que muito agradecidas aumentam a produção de mel. Mascar cera estimula a salivação e beneficia a circulação sangüínea, ao mesmo tempo que fortalece as gengivas e elimina tartáro.

A cera pode ser utilizada na fabricação de velas e esculturas, que vão desde flores e frutas artificiais a réplicas de pessoas expostas em museus. Ela entra na composição de pomadas, unguentos, emplastos e diversos medicamentos. É muito rica em vitamina A e por isso é bastante procurada pela indústria de cosméticos, pois contribuiu para tornar a pele suave e aveludada, e serve como base para cremes gordurosos, adstringentes de limpeza e máscaras para o rosto. É impermeável e pode ser utilizada como isolante para materiais elétricos, serve também como revestimento, ajuda a prevenir a corrosão de produtos metalúrgicos  e pode ser ainda utilizada para polir móveis e objetos.

 

 

Própolis

História

Uma resina era utilizada pêlos sacerdotes egípcios nos rituais de mumificação, esta resina, mais tarde foi nomeada pêlos gregos de PRÓPOLIS, que significa: PRÓ(significa a favor de) e POLIS(cidade). A própolis é citada como medicinal desde 1700 aC. O famoso médico grego Claudio Galeno e o filósofo persa Avicena escreveram que esta cera negra( referindo-se à própolis) era um remédio muito promissor.

Os Incas utilizavam esta cera em infecções gerais e febris. Mas sua maior aplicação foi na guerra dos boers na Africa do Sul onde utilizaram a própolis extraída em álcool para feridas inflamadas e como cicatrizante. Atualmente a própolis vem ganhando muito valor no mercado, mas até pouco tempo atrás era tida como um produto indesejado na colmeia.

Composição:

A própolis é uma substância resinosa, balsâmica de consistência viscosa, variando do verde escuro, castanho, roxo e quase preto, dependendo de sua origem botânica. Apresentando um sabor acre e levemente amargo, odor agradável e doce, quando queimada exala um odor de resina aromática.

  • Resinas e bálsamos: 50/60%
  • Ceras: 30/40%
  • Pólen:5%
  • Restante: minerai, enzimas, ácidos graxos e vitaminas em pequenas proporções

Na Colmeia:

Desde os tempos mais remotos em que as abelhas ainda não eram manejadas pelo homem elas já utilizavam desta resina para assepsia da colmeia.

- toda célula de onde nasceu uma abelha recebe uma pequena camada de própolis a fim reforçar a estrutura e fazer a assepsia do local, bem como:

  • diminuir a entrada da colmeia a fim de diminuir a circulação de ar barrar e entrada de inimigos e fechar frestas laterais e espaços menores que o espaço abelha.
  • Qualquer corpo estranho presente na colmeia que seja passível de causar danos à mesma, as abelhas o embalsamam com própolis
  • é utilizada nas paredes internas para manter o calor no inverno e não tão quente no verão.

Aplicações em humanos:

  • grande poder bactericida
  • doenças das vias respiratória e urinária
  • feridas, queimaduras, tumores e micoses
  • afecções da cavidade bucal
  • furúnculos
  • manchas na pele
  • herpes zoster
  • verrugas
  • etc

Manejo

Atualmente existem muitos tipos de coletores de própolis, cada um com sua vantagem e sua desvantagem. O mercado atual valoriza o material em placas, pois tem uma apresentação mais higiênica e menos susceptível de alterações

Tela sombrite: foi um método muito utilizado na exploração desta resina, onde se coloca a tela entre a tampa e os quadros quando a mesma se encontra cheia de própolis, retira-se a tela e introduz-se outra, a tela com própolis é colocada no freezer a fim de ficar quebradiça e então dobra-se a tela e retira-se o material bem pulverisado, é um método muito bom se for utilizado para produção particular, pois o mercado não aceita muito este tipo de material muito miúdo.

CPI (coletor de própolis inteligente), é constituído de uma caixa ninho, na qual a lateral é totalmente constituída de ripas móveis, que vão sendo retiradas gradativamente a fim de formar uma grande placa quase que homogênea. Este é um sistema de grande produtividade e produz um produto de alto valor no mercado, podendo chegar a R$ 80,00 (oitenta reais)/Kg.

Coletor de própolis pirassununga: seria uma melgueira com paredes móveis em forma de gavetas, as quais vão se afastando até formar uma placa contínua. Apresenta alta rentabilidade e forma um produto muito aceito no mercado.

 

 

Apicultura Migratória

 

A apicultura migratória se baseia na mudança do apiário de uma região para outra acompanhando as floradas, com o objetivo de incrementar a produção de mel e prestar serviços de polinização. A destruição da vegetação nativa e o surgimento de grandes áreas de cultura, que só fornecem alimento para as abelhas em determinadas épocas do ano, torna a migração imprescindível para o desenvolvimento da apicultura, pois além de levar a novas fontes de alimento, permite também fugir com as colméias quando da aplicação de inseticida nas culturas proximas ao apiário.

A apicultura migratória também pode prestar serviços de polinização para pomares e outras culturas, que dependem da presença das abelhas para sua frutificação e a qualidade de produção, a instalação de colméias em zonas de cultivos de melão, por exemplo, podem aumentar a colheita em até 50%.

A polinização consiste no transporte do grão de pólen desde as anteras até o estigma de um flor. Muitas flores produzem um liquido adocicado, o nectar, que é a principal fonte de carboidratos das abelhas. Quando a abelha suga o nectar, ela acaba ficando com o corpo impregando de pólen e, na próxima visita, ela acabara deixando um pouco deste polén, provocando uma polinização cruzada, neste caso a frutificação é mais abundante, os frutos ganham melhor aspecto e suas sementes se desenvolvem bem, acusando um melhor poder germinativo, além de possibilitar uma variabilidade genética maior dos descendentes, aumentando a possibilidade de surgirem variedades mais produtivas e que se adaptem mais facilmente a novos ambientes.

O desenvolvimento dessa modalidade de apicultura no entanto demanda o desenvolvimento de novas tecnologias, com o uso de equipamentos adequados , que permitam um transporte simples e que tenham uma resistência aos constantes deslocamentos das colméias.

 

 

Meliponineos

 

Os meliponineos são as abelhas nativas sem ferrão. Existem duas grandes tribos de meliponideos: Meliponini e Trigonini. A tribo meliponini se caracteriza por não construirem celulas reais, todas as abelhas se desenvolvem dentro de celulas de cria do mesmo tamanho , além disso a entrada do ninho esta quase sempre no centro de uma estrutura de terra ou geoprópolis.A tribo trigonini forma um grupo muito grande com dezenas de gêneros, que constroem quase sempre celulas reais, maiores que as outras.

Muitas especies de meliponineos estão seriamente ameaçadas de extinção, devido ao desmatamento das matas, o uso indiscriminado de agrotoxicos e pesticidas e pela ação indiscriminada dos meleiros. A criação racional é uma alternativa para a preservação destas especies, que além de fornecerem um mel muito apreciado e com alto valor de mercado , podem atuar como polinizadoras, visitando muitas especies de plantas que não são procuradas pelas abelhas Apis.

Uma das especies de meliponideos mais difundida é a Tetragonisca angustula, conhecida popularmente como abelha Jataí. As jataís são abelhas pequenas, sem ferrão , de facil manejo, que produzem um mel de excepcionais qualidades: fino , suave e levemente azedo, caracteristica que o difere dos outros méis. Esse mel é muito procurado e como é produzido em pequena quantidade, cerca de um copo por ano, atingi um alto preço de mercado.

A uruçu ( Melipona scutellaris) é uma especie que foi domesticada pelos índios, que passaram suas tecnicas para os lavradores portugueses, e em algumas regiões do nordeste chega a produzir vinte quilos de mel por ano.

 

 

Aprendendo a Encontrar Enxames

 

Para quem esta começando na apicultura ou já tem algum experiência, o grande desafio em se iniciar um apiário é onde encontrar um enxame ou uma colméia que possa ser trans-locada para seu apiário.

Quase sempre é possível  conseguir dicas de localização dos enxames perguntando a caseiros, aos funcionários de fazendas e sítios ou também a defesa civil.

Outra forma bem inventiva e que dá bons resultados é a utilização de caixas isca, que consiste em passar um pouco de solução alcoólica de própolis, para que a caixa fique com um cheiro agradável para as abelhas e possa assim atrair mais facilmente o enxame. Também colocamos um ou dois quadros com tirinhas de cera alveolada de 5cm para servirem de isca e guia, pois enxames voadores gostam de se compactarem formando uma "bola", o que com placas inteiras de cera não seria possível.